quarta-feira, 10 de julho de 2019

A Paulo Henrique Amorim a minha homenagem e gratidão

Gosto de política e o blog de política que mais leio é o Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim. Todos os dias cedo, sempre abro e leio suas postagens.
Cada um dá seu jeito de assistir, ver, e se possível estar com aqueles que admira. Não sou diferente.


Tive a oportunidade de estar com Paulo Henrique Amorim em 2015, na livraria Argumento, no Leblon, no Rio de Janeiro.
Nesta data, ocorreu o lançamento do seu livro, "O Quarto Poder - Uma Outra História". Um livro autobiográfico. Nele, PHA, através de suas anotações no decorrer de sua vida como repórter, mostra o poder exercido pela imprensa, que manipula a opinião pública a favor de seus próprios interesses empresariais e dos seus clientes, os grandes anunciantes, contra os interesses do povo. Ainda li, dele, Manual Inútil da Televisão e Outros Bichos Curiosos.
PHA contribuiu para o meu aprendizado. Com isto, tornou-se uma pessoa "próxima", por afinidade de ideias.
Desejo longa vida ao Conversa Afiada! PHA, sei, já é eterno.
Boua sórrrtche, PHA!


terça-feira, 25 de junho de 2019

Bolsonaro e os concurseiros

Conheço algumas pessoas que votaram em Bolsonaro e que sonham passar num concurso público. Eu ficava a pensar:

- Qual a lógica a pessoa sonhar com a estabilidade através de um concurso público e votar em Bolsonaro? Nenhuma!

Porque Bolsonaro, assim como Dória, Amoêdo ou qualquer outro neoliberal, são paladinos do "Estado mínimo". E estes por defenderem a diminuição do tamanho do Estado, acabam por restringir os concursos públicos. Elementar!

Este é um primeiro fato.

E no outro, é comum se ver nas redes sociais, os defensores de Bolsonaro citarem o tamanho do Estado brasileiro como entrave ao desenvolvimento. Inclusive, costumam citar os EUA como exemplo. Entretanto, uma pesquisa rasa sobre o tema, desmente Bolsonaro e seguidores.

Sem maiores delongas, observe pesquisa da OCDE (a OCDE tão prestigiada pelo governo Bolsonaro...).

Veja:

15 – Japão – 5.9 % da população é composta por funcionários públicos.
14 – Coréia do Sul – 7.6 %
13 – Alemanha – 10.6 %
12 – Turquia – 12.4 %
11 – Itália – 13.6 %
10 – Estados Unidos da América – 15.3 %
9 – Espanha – 15.7 %
8 – Reino Unido – 16.4 %
7 – Grécia – 18 %
6 – Canada – 18.2 %
5 – França – 21.4 %
4 – Finlândia – 24.9 %
3 – Suécia – 28.6 %
2 – Dinamarca – 29.1 %
1 – Noruega – 30 %

Esta pesquisa mostra um fato curioso: o Brasil, possui menos funcionários públicos que os EUA. Como também menos que outros países desenvolvidos.

Nos EUA,15,3% da população são de servidores públicos. O Brasil é só 1,6% da população. Provavelmente, o Brasil tem menos funcionários públicos que o necessário. É comum algum seguidor de Bolsonaro cometer a aberração de dizer que nos EUA não há funcionário público. A Noruega, país de melhor qualidade de vida do mundo, 30% da população é composta por funcionários públicos.

Curiosamente, a lista mostra que os países de melhor qualidade de vida do mundo são os que possuem maior número de funcionários públicos. Aqui, grita-se o contrário.

Por isto, antes de citar algo é melhor pesquisar, porque há sempre um político interesseiro interessado na sua ignorância.

E o concurseiro profissional bolsonarista, nota-se, se alinha contra si mesmo (e contra o país) ao defender o Estado mínimo.

Fonte: http://bemblogado.com.br/site/os-15-paises-com-mais-servidores-publicos-no-mundo/

https://www.valor.com.br/brasil/3046800/ibge-funcionarios-publicos-eram-16-da-populacao-brasileira-em-2012



domingo, 23 de junho de 2019

Quando o Barcelona era a seleção brasileira

Avaliando estes melhores momentos desse amistoso de 1999(1), 20 anos atrás, de amistoso entre a seleção Brasileira e o Barcelona, era jogão de preparação para Copa de 2002, nota-se no jogo do Brasil: recebe a bola, dribla e enfia pro gol. Um jogo, absolutamente, objetivo, sempre a buscar o gol!
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Hoje, esta seleção (7 a 1), toca sem objetividade e fica rodando o campo (como um galo... com ejaculação precoce), perde a bola antes de passá-la ou se não a perde, não raro, passa mal.
O à época jogador e hoje técnico Guardiola posteriormente assumiu, em entrevista, que copiou o jogo da seleção Brasileira de 1982 (dos craques Zico, Júnior, Sócrates, Falcão, Leandro e cia) para formar o grande Barcelona da sua época como treinador.

Portanto, o estilo do Barça do técnico Guardiola é o Brasil daquele tempo, geração 82, mas também desse meio campo-ataque desse Brasil 1999. Enquanto o Brasil de hoje (essa geração 7 a 1), não é nem o retrato do que foi o Brasil de 1982 e dessa geração dos 3, ou melhor, dos 5 "erres": Ronaldo, Romário, Ronaldinho, Rivaldo e Roberto Carlos, gênios da bola que sombreiam Zico, Sócrates, Júnior, Leandro e geração 82.
Guardiola é que soube ler bem o jogo do tempo e o aproveitou como técnico.
Pode ter certeza que o problema desse Brasil retrato é mais extra-campo que em campo.

Enfim, ponto pra Guardiola!

(1) Fonte, canal do You tube: Beeko99HD 

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

A crise na Venezuela e o regramento das instituições ao cidadão

Por João Aurélio
Vamos comparar a situação da Venezuela com a vida comum de qualquer cidadão. Vamos supor que você tenha um desentendimento dentro da sua casa, algum problema financeiro, algum problema com os filhos na escola. Você acharia correto se alguém fosse se meter na sua vida e dar opinião sem ser chamado? Certamente que não.  Se seus filhos lhe respeitam como pai e você é o responsável legal por eles, e pela casa, assim como a sua esposa, alguém não pode chegar do nada e dizer: “eu me proclamo pai dos seus filhos e agora sou o responsável pela gerência de sua casa. Quero que seus filhos façam isto, aquilo, etc”. Seria um absurdo se isto ocorresse, né? Imagino que seria. Se por ventura, na sua casa, houvesse um caso grave de repercussão na vizinhança, que afetasse a moral e os costumes aceitáveis em sociedade ou as leis do país, aí sim, outros poderiam denunciar, intervir. Mas, há o foro legal para isto. Isto acontece, por exemplo, nos casos de pedofilia, agressão a esposa ou filhos etc. Mas, a estrutura legal se encarrega destes conflitos. O Conselho Tutelar pode ir lá, averiguar o que ocorre. A polícia, o Ministério Público pode ser chamado e, se necessário, abre-se o devido processo legal e a lei vai agir. Não seria correto se do nada, algum vizinho quisesse se arvorar a de forma monocrática querer assumir a situação acima de toda esta estrutura legal.
Todo este regramento foi levado da experiência individual de séculos do ser humano, que amparado no empirismo e na reflexão, foi institucionalizando o melhor resultado desta prática e foram criados os foros internacionais adequados para dirimir as crises entre nações como também a nível de cidadãos. Pelo menos é o que sempre se propõe, no papel… 
No entanto, na Venezuela, este arcabouço moldado pela história não está sendo obedecido. Um país de forma unilateral, quer juntar-se a um grupelho de subalternos para, sem ser chamado, “dar opinião na casa dos outros”. Maduro, seja o que for, foi eleito pelo povo da Venezuela. Vários grupos políticos participaram e reconheceram a vitória. Portanto, só o povo, através de eleições dentro das regras constitucionais, tem o direito de removê-lo do poder.
Os EUA, nas relações internacionais, dão traços à sua política externa dentro da teoria Realista de Hans Morgenthau, dentre outros, na qual o Estado tem o direito de se auto preservar, de defender sua sobrevivência. Nisto, se a Venezuela é chave à sobrevivência dos EUA (petróleo na veia, por exemplo), de acordo com o Realismo, estes se sentem no direito de intervir no país, por questão de sobrevivência. Por isto que a Venezuela é tratada no âmbito da segurança nacional estadunidense. O Realismo, com isto, mostra traços hobberianos: o homem é mau por natureza e é “lobo do homem”. E na selva, é salve-se quem puder. 
Só que o mundo procura a evolução e o Realismo foi contraposto por outra teoria de relações internacionais, o Idealismo. Este, baseado no iluminismo de Kant e sua busca pela paz perpétua, e também no suíço Jean-Jacques Rousseau, que contrapondo-se ao também filósofo contratualista Hobbes, disse que “o homem é bom por natureza”… 
Maduro, dentro dos moldes idealistas, apela à negociação. Os EUA à intervenção. Daí, volto à questão inicial: Se você tiver um conflito na sua família, que gere repercussão na vizinhança, se fosse necessária a intervenção de terceiros, você gostaria que fosse feita através do diálogo ou que alguém de forma unilateral quisesse invadir sua casa?

Também postado no site https://www.camalaunoticias.com.br/a-crise-na-venezuela-e-o-regramento-das-instituicoes-ao-cidadao-por-joao-aurelio/

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Bolsonaro será o Severino Cavalcanti do Planalto?

Quando Severino Cavalcanti foi eleito presidente da Câmara, as raposas velhas da política trataram, logo, de colocá-lo no seu devido lugar: o baixo clero da Câmara. Mostraram quem manda.
Bolsonaro sempre foi um deputado sem expressão, também por falta de interesse o que gerou a sua falta de conhecimento.
Tem popularidade? Tem. Mas nada que a "receita Lula", manchetes bombásticas em jornais para minar a credibilidade do presidente eleito, não resolva. Daí, transformar "o mito" em "mico" é um pulo.
A história dos 24 mil de Michelle, sua mulher, e as transações do filho Flávio que estão na imprensa, podem começar a ser o Fiat Elba do Collor, o triplex do Lula e "as pedaladas" da Dilma Rousseff, para o Bolsonaro...
Bolsonaro tem 2 suplentes de fato, nos 2 maiores poderes da República: o militar e o judiciário...
Elementar meu caro, Watson... 

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Haddad no JN

Foi a entrevista mais nojenta que já vi com um candidato. 
Sim, o JN adotou uma postura mais dura com todos os candidatos. Só que perguntar com dureza não quer dizer fazer uma acusação, e nem, como no caso quando Dilma foi citada, misturar o nome dela ao de réus e condenados, numa clara tentativa de confundir o telespectador. Parecia mais que os entrevistadores queriam forçar uma confissão de culpa. E o papel do jornalista é até tirar a resposta que o entrevistado não quer dar, mas nunca, em hipótese alguma, forçar o entrevistado a dar a resposta que o jornalista quer. Isto é papel de inquisidor numa ditadura.

Em certo momento, candidato e entrevistadores aumentaram o tom de voz. Haddad, sempre um sujeito gentil - acho que até demais pra o quê o momento político pede - "saiu do salto" e partiu para acusação à Rede Globo, quando Bonner citou investigações feitas ao PT como se o partido já estivesse condenado pelos atos. Isto foi no momento que ele se referiu à presidenta Dilma Rousseff. 

Renata Vasconcellos quase que levantou da cadeira para reprovar uma certa resposta de Haddad. Se um entrevistador faz uma determinada pergunta não tem porque discutir, pelo menos naquele tom, a resposta do entrevistado. No exato momento, a expressão da jornalista me lembrou o dedo em riste de Patrícia Poeta, em 2014, em relação à Dilma. 
Achei a postura de Haddad correta. A Globo faz por merecer porque é sabido que não faz jornalismo, faz panfletagem política. 
A Globo tem candidato, ou melhor, candidatos: Alckmin, agora, e no 2º turno terá Bolsonaro, contra Ciro ou contra Haddad. 
Bolsonaro e Alckmin, dos mais bem posicionados nas pesquisas, são os que mais se parecem com o perfil que a emissora sempre apoiou nas eleições anteriores. Os chamados candidatos afinados com o sistema financeiro.
Tudo aquilo que tem feito mal ao país.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

A juizada devia deixar logo tudo claro e escolher o presidente

O TSE-Tribunal Superior Eleitoral, proibiu a inserção do horário eleitoral do PT, em que o futuro candidato a presidente pelo partido, Fernando Haddad, hoje vice de Lula, diz "vamos trazer o Brasil de Lula de volta". 

Ora, se Lula é ainda o candidato, por que seu vice  não pode usar o nome do titular? Qual o sentido que faz proibir isto? Um abuso, que se soma a tantos outros.

A Constituição Federal diz que "todo poder emana do povo e em seu nome será exercido...". Dito isto, o povo é soberano pra escolher aquilo que acha melhor para o país. Por isto, não há democracia sem povo. 

Mas, os tribunais constituídos, que existem para trazer a luz ao fim do túnel, tem feito o contrário, tem trazido o fim do túnel à luz. 

Os digníssimos não têm resistido ao poder da toga. Tem procurado aparecer mais que ela. 

Num jogo de futebol  diz-se que o bom juiz é aquele que não aparece. Se este dito da sabedoria futebolística puder ser interpretado à luz dos tribunais, estes deviam entregar a faixa presidencial a quem de sua vontade.

Os meritíssimos deviam logo deixar claro ao povo quem manda:"Teje preso! Quem manda somos nós!

Chega de intermediários!