Cada cidadão foi habituado desde o berço a acreditar que há um super-homem, que há super-heróis que irão resolver todos seus problemas, realizar seus desejos sem que ele precise, necessariamente, intervir com muito esforço e ação.
Esse condicionamento, primeiramente, vai sendo
incutido em nossa mente por conta dos necessários cuidados dos nossos pais,
nossos primeiros heróis, ainda no ventre materno - “é o que você vai ser quando
você crescer”(1).
Essa ideia, ainda, é fomentada pela estória do Papai Noel, que com seus presentes, tem a capacidade de realizar nossos desejos. Depois, vêm os heróis da nossa infância – na minha infância, He-Man era “o cara” – que continuam a nos condicionar que alguém tem um poder especial, e, através dele, nossos problemas serão resolvidos.
Essa ideia, ainda, é fomentada pela estória do Papai Noel, que com seus presentes, tem a capacidade de realizar nossos desejos. Depois, vêm os heróis da nossa infância – na minha infância, He-Man era “o cara” – que continuam a nos condicionar que alguém tem um poder especial, e, através dele, nossos problemas serão resolvidos.
Esses condicionamentos irão moldar a nossa
personalidade, a qual será enquadrada num molde e irá funcionar, em várias
situações na vida, de acordo com ele. Inclusive, nas paixões nossas de
cada dia. As telenovelas contribuem muito para isto, turbinando, de acordo com
o molde, um determinado padrão de relação homem-mulher que se pode resumir no
seguinte: a nossa amada é nossa heroína, nosso presente e ela que deve cuidar da
gente, assim como nossos pais cuidaram. Acabamos por passar o bastão para ela!
Esse padrão de condicionamento que temos, também, é
levado em conta para o marketing político, e usado com esperteza pelos marqueteiros
profissionais. Veja que todo político se apresenta como se fosse nossos pais,
nossa amada, o papai noel. Cada um quer cuidar da gente, resolver nossos problemas, dando aquilo que desejamos.
O marketing político usa o condicionamento por
intermédio do molde, para nos teleguiar. Quem o comanda é o Poder Real, que se
encontra nos bastidores, na coxia do espetáculo midiático, a dirigir o ato das
nossas eleições a cada 2 anos, desde a escolha dos atores que devem aparecer como os mocinhos, assim como ao atores que devem aparecer como vilões no espetáculo
eleitoral.
O poder das grandes corporações empresariais e
bancárias é quem escreve o espetáculo, põe o diretor, escolhe os atores, e
marca as cenas no dia-a-dia dos nossos noticiários. Nós – cada cidadão que faz o povo brasileiro ou outros povos - recebemos o script nos telejornais, e o molde que nos foi dado, o qual
promove a associação de ideias, nos faz ver os mocinhos e os bandidos, de
acordo com os interesses de quem dirige a cena: o Poder Real que está nos bastidores.
Portanto, sempre quando avizinham-se quaisquer eleições, municipais, estaduais ou as federais, o nosso molde de ver super-heróis, salvadores da
pátria, está sendo teleguiado. Porém, cabe a cada cidadão, num exercício de busca diária da verdade, procurar “separar o joio do
trigo”, identificar quem de fato é herói e quem é bandido, para não escolher, a
cada eleição, Jesus por Genésio.
(1) Trecho da música “Pais e Filhos”, da banda
Legião Urbana. Composição de Dado Villa Lobos, Renato Russo e Marcelo Bonfá.
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