sábado, 19 de dezembro de 2015

A preservação do patrimônio histórico, além de tudo, um colírio aos olhos

Texto de João Aurélio

Foto: João Aurélio
Teatro Amazonas, centro de Manaus, Amazonas. 

Ao andar pelas ruas de Manaus e São Luis, notamos que há uma tentativa do poder público e também privado de preservar o patrimônio histórico. Mesmo que seja uma ação meio que a contra gotas, pois para cada prédio que se vê trabalhado ou já restaurado - e não entro no mérito se de forma adequada ou não, porque não sou especialista, falo como curioso - há dezenas à vista necessitando de reparação, mas é algo a comemorar. 

Essa atitude do poder público, por exemplo, no Rio de Janeiro, encontra-se um passo adiante, ao que parece. No centro do Rio de Janeiro além da restauração do patrimônio histórico e também arqueológico há investimento em cultura, no conhecimento da história local, há espetáculos de música, teatro e investimento na mobilidade urbana, agregando bem estar com celeridade aos ambientes que podem ser visitados. 
Foto: João Aurélio
Catedral da Sé, São Luís, Maranhão
Esse investimento que se não existisse poderíamos dizer que seria remar contra a correnteza, até porque no Rio em 2013 houve Copa das Confederações, em 2014 Copa do Mundo e em 2016 haverá as Olimpíadas, deveria ser constante, pois, além dos eventos, a cidade vai continuar sendo um ponto, no mundo, de visitação constante.

Uma pena ver que essa atitude não chegue às pequenas cidades, onde há a dificuldade das pessoas se enxergarem como inseridas nessa política civilizatória. A visão só vai nessa direção quando há a possibilidade de ganhar dinheiro. O que a bem da verdade não há mal algum, muito pelo contrário. Mas seria melhor se houvesse a consciência da preservação pelo valor humano que isso dá.


Pois, preservar e conhecer a história de uma residência, mesmo de forma isolada, é conhecer a si mesmo, os porquês da vida da comunidade, já que quem mandou construir, lá, colocou a sua visão de mundo. Qualquer patrimônio histórico é um livro aberto que não se vê e que não se pode ler, mas que se pode intuir e aprender. E, além de tudo isso, é um colírio aos olhos.  São Luis e Manaus, que o digam. 

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