Por João Aurélio, para o blog Na Xinxa!
Chamou-me
atenção, uma curiosa matéria da Folha de São Paulo de 29 de Maio de 2002, que
li no arquivo da Folha, quando os tucanos (des)governavam esse país.
Essa
matéria da Folha, demonstra claramente, a situação de penúria no quesito nível
de emprego, já no fim do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso, esse que
toda semana está na imprensa com uma receita para os problemas do Brasil de
hoje.
Comparado
com a situação de hoje, analisando este dado, que é significativo ao cidadão trabalhador,
fica patente a manipulação dos meios de comunicação para aumentar a sensação de
crise no dia-dia do brasileiro.
Os
frutos que querem colher com essa propaganda política anti qualquer governo que defenda o trabalhador, sabe-se bem, é o
apoio político dos cidadãos eleitores, já pensando na vitória dos grupos
políticos que acolherão as empresas de mídia no lugar que sempre estiveram: as
tetas do Estado-máximo para eles, que vivem a incutir na cabeça do cidadão sem
informação, os vivas ao Estado-mínimo.
Os
dados têm como fontes o Banco Mundial, o FMI e o IBGE. Aos números.
Em
2002, o Brasil tinha 11,5 milhões de desempregados: o 2º maior índice do mundo
em desemprego. O país, naquele ano, tinha 179,4 milhões de habitantes.
Hoje, 2016,
temos uma população de 206 milhões de habitantes, mais de 26 milhões de pessoas
a mais, e temos 10 milhões de desempregados. Portanto, elementar meu caro, mané, tínhamos mais desemprego em 2002 do que atualmente.
Por
que comento isso?
Ontem,
eu vi um vídeo da comissão do senado que faz de conta que analisa com imparcialidade o processo de
impeachment da presidenta Dilma - comissão esta que tenta golpear a democracia - o tucano Cássio Cunha Lima-PSDB/PB se dizendo indignado com esses 10 milhões de
desempregados que temos hoje. Devagar com o andor, senador!
É bom
lembrar que a culpa da crise - além do governo - é deles, tucanos, e do
restante do legislativo, como também do judiciário. A justiça parou a economia,
em vez de parar os ladrões e a economia continuar funcionando. O Legislativo parou o governo com o achaque,
como quase nunca se viu antes na história desse país. Tirou-lhe todo apoio que
se faz necessário, para que ele tome as providências quanto aos problemas
econômicos que assolam o país.
Para
que fique claro: em 2002, tínhamos - repito - o 2º maior índice de desemprego
do mundo e não estávamos dentro de uma crise econômica sistêmica, à qual
vivemos hoje.
Hoje,
14 anos depois, temos 10 milhões de desempregados, o que não é pouco, é
certo, mas, num contingente de 206 milhões de habitantes, podemos afirmar que temos menos desemprego. Mas, é bom lembrar que foram criados alguns programas
sociais que atenuam a crise. Na época do governo dos tucanos, isso não existia,
com o alcance que existe hoje.
Obviamente,
podemos assegurar que temos uma situação menos ruim. Mas, ao assistir qualquer
noticiário televisivo, têm-se a sensação que não é bem assim. Dá a entender que
a crise de hoje é um fato inédito. Tudo que é ruim é multiplicado por 10. Tudo
que é bom é escondido. Isto explica porque a juventude, que não lê e não
conhece história, tem mais tendência em hostilizar o governo atual. Lembro que
no dia da votação no impeachment meu filho me mandou uma mensagem pelo whatsapp
dizendo:
- “Dilma
vai sair. Assim, vai ficar melhor para eu arranjar um emprego”. Esta é a
sensação dos jovens dessa geração pós-Xuxa, que despolitizada, cresceu no ilariê e hoje dá mais importância às redes sociais e jogos do que uma leitura que a edifique.
Analisado
e pesado isto, esta situação do controle da grande mídia sobre a informação, nos
traz algumas lições.
Primeiro,
não acredite no que a mídia diz. Procure pesquisar por você mesmo. Hoje, fontes
de pesquisa como a internet não deixam ninguém iludido.
Outra
lição: Cuidado! O que está ruim pode ficar bem pior. E isto não é retórica.
Temer e a oposição que governou em 2002, os mesmos dos 11,5 milhões de desempregados, podem estar vindo aí, e a grande massa que foi às ruas pedir o impeachment também vai penar nas mãos deles.
Portanto, apertem
os cintos, que o piloto pode ter sumido...
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