Por João Aurélio
Policiais posicionados em frente ao Maracanã no fim do jogo. FOTO: João Aurélio. |
No jogo México 1 x 2 Itália, pela Copa das Confederações, eu
estava a trabalhar no Maracanã, fazendo “um bico” para custear o curso que
estou a fazer aqui no Rio de Janeiro.
Ao sair do estádio, no final do trabalho, algum tempo depois de acabar o jogo, eu e outros colegas de trabalho nos vimos cercados, de um lado por centenas de policiais e do outro por centenas de manifestantes a protestar contra a corrupção e aumento das passagens de ônibus aqui no Rio de Janeiro (de 2,75 para 2,95. Um absurdo!).
Fico a pensar que as manifestações são legítimas e fazem todo sentido. Entretanto, são politiqueiras porque induzidas pela mídia e procuram golpear o Governo Lula/Dilma, que a bem da verdade, tem feito o possível para mudar para melhor as condições de vida da população. Essa é minha opinião e os dados e o sentimento quase geral do povo testifica que o Brasil mudou para melhor nos últimos 10 anos.
Ao sair do estádio, no final do trabalho, algum tempo depois de acabar o jogo, eu e outros colegas de trabalho nos vimos cercados, de um lado por centenas de policiais e do outro por centenas de manifestantes a protestar contra a corrupção e aumento das passagens de ônibus aqui no Rio de Janeiro (de 2,75 para 2,95. Um absurdo!).
Fico a pensar que as manifestações são legítimas e fazem todo sentido. Entretanto, são politiqueiras porque induzidas pela mídia e procuram golpear o Governo Lula/Dilma, que a bem da verdade, tem feito o possível para mudar para melhor as condições de vida da população. Essa é minha opinião e os dados e o sentimento quase geral do povo testifica que o Brasil mudou para melhor nos últimos 10 anos.
Dilma não tem poder para fazer as transformações que o Brasil
precisa. Para mudar o Brasil ela precisa fazer mudanças de Lei no Congresso, e
no Congresso o PT conta com 17% da bancada, algo insuficiente para quem quer
fazer alguma mudança profunda. Com isso, a Presidenta Dilma fica submissa à
vontade do PMDB do Sarney, do Michel Temer e do Renan Calheiros, todos, antigos
companheiros do governo Fernando Henrique.
O PMDB está sempre onde está o poder e sabe que no atual
modelo político brasileiro, para que um Presidente da República possa ter as
condições mínimas de governar, precisa do apoio político dele, por isso não
quer mudar.
Como resolver o problema?
Dilma, esperta, já que não consegue convencer a base aliada
na conversa, propôs consultar a população sobre a necessidade de uma Reforma
Política, como forma de dar vazão às demandas dos manifestantes.
Ela sabe que o poder político se encontra na mão das grandes
empreiteiras, bancos, e outras grandes empresas que bancam os políticos em
época de eleições através de doações. Por isso, a Reforma Política terá que mexer
nesse vespeiro, algo que não interessa a estas corporações que têm o poder real.
Há um entendimento no Brasil por parte de algumas cabeças
pensantes que uma Reforma Política que tornasse as campanhas políticas 100%
financiadas pelo poder público poderia tirar o poder real da mão dos
financiadores privados, assim o Congresso deixaria de ser a casa deles, e os
congressistas os seus funcionários.
Dentro dessa visão, mais valia manifestações por uma Reforma
Política que torne as campanhas políticas 100% financiadas pela União do que
manifestações que de fato só têm beneficiado os que contribuíram para tal
estado de coisas (preço alto de passagens, falta de infraestrutura urbana,
sistema de saúde precário, etc.), que é a classe política que antes de Lula e Dilma
estava no poder. Pois, esses problemas fazem bem mais que 10 anos.
Estas manifestações claramente têm sido manipuladas pela
direita através da Rede Globo e outras empresas de mídia, para desgastar a
imagem da Presidenta Dilma e do PT com vistas às eleições de 2014.
Pergunto: por que não saíram às ruas na época que o então
Presidente Lula debatia sobre trazer ou não a Copa das Confederações e Copa do Mundo
para o Brasil? Tudo foi feito ninguém protestou. Ao contrário, o Rio de Janeiro
foi só festas pelos investimentos que os eventos trariam. A mídia não colocou a
população contra, porque seria beneficiada com o dinheiro da publicidade das
grandes empresas. Portanto, naquele momento não havia motivo para ser contra.
Ainda, pergunto: se a preocupação é com o alto custo das
passagens de ônibus, por que não há protestos em frente à sede das empresas de
ônibus que são as responsáveis pelo aumento das passagens? Simples, a mídia nunca
questiona estas empresas porque essas são parceiras, contribuem com patrocínio em
eventos e publicidade paga. Por isso, não há atiçamento por parte da grande
mídia a insuflar manifestantes contra as empresas de transportes coletivos.
As manifestações, como resposta a esta situação, deviam ter este
enfoque: pressionar os que não querem fazer a Reforma Política no sentido de
tornar as eleições financiadas 100% pela União e proibir o seu financiamento
privado; estabelecer o que pode e o que não pode como publicidade eleitoral de
forma que as eleições deixem de ser um teatro eleitoral, com candidatos que
mais parecem artistas a vender um produto.
Assim, o Congresso deixaria de ser a casa das grandes empresas e bancos
e passaria a ser a casa do povo, assim como dita a Constituição.
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