sábado, 2 de novembro de 2013

Viva a política! Viva os políticos!


O blog Na Xinxa! publica artigo do seu Editor, João Aurélio. 

Por João Aurélio

A Constituição Federal, no seu artigo 14, diz que “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos....”.

É uma frase que não devemos esquecer, principalmente quando percebemos aonde, aqueles que têm sido menos favorecidos nas últimas 3 eleições, querem nos levar...

David Zac disse: “Num estado democrático existem duas classes de políticos: os suspeitos de corrupção e os corruptos”. Esse é o estado de coisas que a grande mídia tem tentado incutir na cabeça das pessoas, diariamente, nos seus noticiários. É uma forma de fazer as pessoas desacreditarem de se ocupar dos fatos políticos, como forma de dominá-las.

Diante dessa saraivada de golpes da grande mídia - escrita, virtual, radiofônica e televisiva - com relação à política nacional, não é incomum ouvirmos algum indivíduo insatisfeito, atento ou não às cenas políticas, dá um suspiro e comentar:

- Política é coisa pra quem não tem vergonha!

Bem feito!  Porque há um ditado que diz: “se a gente não toma conta da nossa vida, o diabo toma conta dela”. Ou parafraseando o termo ao assunto aqui tratado: “se a gente não toma conta da vida política, ela toma conta da vida da gente”.

É preciso ver que por mais malfeitos que o Congresso Nacional, as assembleias legislativas ou qualquer câmara municipal possa praticar (quando pratica), lá se encontra a síntese da consciência de quem elegeu seus componentes: o povo. Se quiser que seja diferente, evolua em consciência...política!

A arte política é das mais difíceis, pois é arte de gerir conflitos. Por exemplo: o patrão não quer aumentar o salário, o funcionário quer ter aumento; você que é internauta quer obter maior velocidade de internet por menor preço e as operadoras não querem dar, etc. Nesse balaio de gato, normalmente, cabe a quem está mais organizado e tem maior poder de pressão, sair vencedor. Cabem, como primeiro passo, às leis votadas no legislativo definir o lado vencedor. Cabe a uma ação política.

A ação política está presente nas coisas mais cotidianas: no filme que assistimos no DVD, no produto que compramos no mercado ou no programa que vemos na TV. É impossível fugir dela.

Recentemente, tivemos acompanhando o esmagamento midiático de políticos ligados ao chamado esquema do mensalão.

Diante da inquisição da grande mídia a querer nortear o rumo do julgamento, como consequência, ficou cada vez mais na cabeça das pessoas que o mal está na política, quando na verdade não é. O mal está na não participação política. 

Há uma frase de Hubert H. Humpherey que diz: “Errar é humano. Culpar outra pessoa é política”. Penso que isso diz muito da amplitude da atividade política, principalmente no que se refere à guerra partidária.

Bem ou mal é melhor ter políticos que não tê-los. Políticos não são um mal necessário, eles são um bem necessário. 

Por mais criticados que eles sejam, normalmente, o que de melhor há num município, num estado ou no país, está no legislativo ou no executivo. Normalmente, são essas pessoas, tidas como mais letradas ou preparadas, que assumem a tarefa de gerir ou legislar. Essas pessoas que têm suas vidas vasculhadas, seu nome manchado, às vezes, antes de qualquer investigação sincera, pelo simples fato de terem submetido seu nome à (in)consciência do eleitorado. Elas já merecem um crédito, só por isso.

Se nós quisermos políticos melhores, mais comprometidos com o bem-comum, que também sejamos mais comprometidos àquilo que seja o bem-comum. Assim, teremos mais força moral para cobrar.

Encerro, lembrando Peter Drucker: “A educação faz com que as pessoas sejam fáceis de guiar, mas difíceis de arrastar; fáceis de governar, mas impossíveis de escravizar”. Assim é a educação...política!

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