sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Haddad no JN

Foi a entrevista mais nojenta que já vi com um candidato. 
Sim, o JN adotou uma postura mais dura com todos os candidatos. Só que perguntar com dureza não quer dizer fazer uma acusação, e nem, como no caso quando Dilma foi citada, misturar o nome dela ao de réus e condenados, numa clara tentativa de confundir o telespectador. Parecia mais que os entrevistadores queriam forçar uma confissão de culpa. E o papel do jornalista é até tirar a resposta que o entrevistado não quer dar, mas nunca, em hipótese alguma, forçar o entrevistado a dar a resposta que o jornalista quer. Isto é papel de inquisidor numa ditadura.

Em certo momento, candidato e entrevistadores aumentaram o tom de voz. Haddad, sempre um sujeito gentil - acho que até demais pra o quê o momento político pede - "saiu do salto" e partiu para acusação à Rede Globo, quando Bonner citou investigações feitas ao PT como se o partido já estivesse condenado pelos atos. Isto foi no momento que ele se referiu à presidenta Dilma Rousseff. 

Renata Vasconcellos quase que levantou da cadeira para reprovar uma certa resposta de Haddad. Se um entrevistador faz uma determinada pergunta não tem porque discutir, pelo menos naquele tom, a resposta do entrevistado. No exato momento, a expressão da jornalista me lembrou o dedo em riste de Patrícia Poeta, em 2014, em relação à Dilma. 
Achei a postura de Haddad correta. A Globo faz por merecer porque é sabido que não faz jornalismo, faz panfletagem política. 
A Globo tem candidato, ou melhor, candidatos: Alckmin, agora, e no 2º turno terá Bolsonaro, contra Ciro ou contra Haddad. 
Bolsonaro e Alckmin, dos mais bem posicionados nas pesquisas, são os que mais se parecem com o perfil que a emissora sempre apoiou nas eleições anteriores. Os chamados candidatos afinados com o sistema financeiro.
Tudo aquilo que tem feito mal ao país.

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