terça-feira, 12 de dezembro de 2017

O desmonte anunciado da educação superior no cariri paraibano: questione seu candidato!

Quando saí do cariri para morar fora, em 2006, não havia centro de ensino superior na região. As pessoas estudavam ensino superior em Campina Grande, na Paraíba e em Arcoverde, em Pernambuco. E no geral, isto só era possível aos mais abastados, filhos da "classe média" caririzeira, aqueles que ocupavam as melhores posições na região. Em geral, eram amontoados nas prefeituras.

Outros que igualmente cursavam, eram filhos de comerciantes bem sucedidos, situação similar aos tempos do Brasil colônia, quando os filhos dos ricos iam estudar na Europa. Algum filho da fração mais pobre, às vezes se sobressaia, mas não era a regra.

Quando volto em 2012, encontro amigos tendo a oportunidade que nunca tiveram em períodos anteriores, que é cursar o ensino superior no cariri paraibano, nos centros universitários de Monteiro e Sumé. Estes centros, abertos nos governos Lula (2003-2010).

O alerta, que é imprescindível aos aspirantes a aluno dos recentes centros de ensino superior do cariri paraibano, assim como qualquer cidadão da região que sonha com um futuro melhor para seus filhos, é tomarem para si a batalha que já se encontra à porta que é a destruição dos centros de ensino superior da região. Nota-se movimentos neste sentido.

O único campo de combate é na política, que foi onde tudo que foi feito se fez. E mesmo que se tenha muito a fazer é inegável o avanço nesses últimos anos e importante a preservação do que foi conquistado.
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Como haverá eleições em 2018, e o mandato de cada candidato se constituirá através do voto, é necessário saber as siglas partidárias que apoiam este desmonte, que já está sendo realizado.
Questione os candidatos ao Congresso Nacional, à Assembléia Legislativa para que saiba qual a posição deles. Seja através de convite para estar com os alunos para debate, o que acredito que será difícil que algum venha a atender tal convite, ou na passagem deles pela região, demonstre sua insatisfação. Isto serve para que o candidato saiba que estão de olho e que este assunto é de interesse da região. Pois é incrível, mas eles entram e saem da região do cariri paraibano sem que estás questões centrais sejam debatidas.

E o governo Temer já votou a "PEC do fim do mundo", a que congela investimentos por 20 anos em educação e outras áreas prioritárias, enquanto isentou de impostos empresas estrangeiras da área de petróleo em 1 trilhão de reais, por décadas. Portanto, como apertar o cinto em áreas prioritárias como educação e dar perdão de tributos a empresas estrangeiras? Por isto, é mais que o tempo dos agentes políticos serem questionados sobre a posição deles sobre os centros de ensino superior no cariri paraibano. Poder questionar um a um de forma clara: qual a sua posição parlamentar perante este desmonte?

Obviamente, ao observar o número de habitantes votantes e o PIB do cariri paraibano, referenciais que ajudam a determinar o poder político de qualquer região, verifica-se que somos pequenos para o tamanho da briga, que é de cunho nacional. Mas, a estratégia mais correta para este enfrentamento, é que esta guerra deve ser tratada cada um no seu terreiro, pressionando e conscientizando a população local, a grande responsável por constituir o poder através do voto. É preciso se fazer ouvir, antes que seja tarde demais.Quem mora no Rio de Janeiro batalha localmente, no Rio de Janeiro. Portanto, quem mora no cariri, deve cuidar do cariri. Antes que seja tarde demais.

 Como diz a canção: "quem sabe faz a hora não espera acontecer"...!

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